Hoje, como resultado de uma apresentação na faculdade da disciplina Hermenêutica jurídica, pude participar de uma discussão no mínimo interessante a cerca de Teoria Crítica, o que redundou em constatações sobre a postura crítica que devemos adotar perante o curso [Direito].
Claro que vou aproveitar o espaço do blog pra estender um pouco mais a problemática com o intuito de abordar o senso crítico, a postura crítica perante tudo em nossa vida.
Entendam aí esse "nossa vida" como aspectos relevantes, em que deveríamos ser ativos, questionadores e participativos, como política e religião, e também aspectos subjetivos, como comportamento humano.
Engraçado que não poucas vezes ouvi que a história foi/é construída pelos homens. Claro que não concordo com a afirmativa, já que a mulher sempre desempenhou forçosamente um papel secundário, e não pôde, com o passar da história, exercer papéis mais importantes. Contudo, trazendo a discussão para os tempos atuais, percebo, e com muita tristeza, que as mulheres, de maneira geral, permanecem demasiadamente alheias á discussões de cunho social e político; Parecem não se interessar por assuntos que anteriormente eram tidos como de homens, mas que hoje deveriam está totalmente integrados ao cotidiano feminino.
Faço essa crítica por perceber, inclusive no meio acadêmico, como muitas vezes as mulheres se calam não manifestando opinião. Defendo piamente que a maioria delas tem sim o que dizer, porém, talvez ainda por falta de hábito, ou por medo de manifestarem-se e conseqüentemente se expor, preferem silenciar.
Se antes tínhamos que permanecer caladas por conta de uma sociedade machista que nos marginalizava, hoje, tristemente, muitas permanecem no silêncio por opção, já que a sociedade continua machista, porém impossível de ser comparada ao quadro que se apresentava décadas atrás.

Por quê somos pouco problematizadoras? Seria reflexo de anos de atraso e de repressão psicológica? Talvez... porém não é continuando mudas, e sem contribuir de alguma forma que esse quadro mudará, seja no saber jurídico, político ou em qualquer outra área de conhecimento.
Defendo que certas posturas devem ser mantidas, seja por um homem ou por uma mulher. Creio que encararmos "verdades" como passíveis de modificações é uma delas. Não estou falando de sermos volúveis a ponto de qualquer discurso ser capaz de mudar nossas crenças, já que isso seria, ao meu ver, fraqueza também de caráter. Estou defendendo aqui o conhecimento, acima de tudo. Se acreditamos em algo, devemos fortalecer essa crença buscando argumentos para continuarmos entendendo que aquilo é verdadeiro. Não pode ser simplesmente: "é assim e acabou" - mas sim uma opinião baseada e sustentada por algo concreto, e não em uma cegueira ideológica.
Porém, se mesmo com argumentos entendidos por você como plausíveis a sua idéia for superada por outra, ao menos você sustentou o quanto achou válido um raciocínio entendido até então como verdadeiro. O que não podemos jamais é nos deixar levar por discursos bonitos combinados com a nossa própria fragilidade argumentativa. E isto se aplica em qualquer campo.
Creio cegamente que de
