terça-feira, 29 de julho de 2008

E começou a politicagem...


Depois que escrevi o título [sempre o faço antes de começar o texto], resolvi verificar o que significa "politicagem", afinal de contas não queremos falar uma coisa dizendo outra não é mesmo? de acordo com o dicionário Aurélio, Politicagem é a política mesquinha, estreita; o dicionário on-line que volta e meia consulto define como "S.f depreciativo politiquice; os maus políticos;"; Pois bem. Acertei na mosca!

Não pensem, meus caros, que fui sempre assim. Houve um tempo, não muito distante, em que eu acreditava na política; acreditava que uma política séria, feita por pessoas competentes e realmente engajadas pudesse existir; Acreditava que a solução para a maioria dos nossos problemas sociais estava em mãos salvadoras que certamente, mais cedo ou mais tarde, apareceriam, mas cansei de esperar esses bons políticos, cansei de esperar essas soluções que simplesmente não aparecem!
Há quatro anos, nas eleições municipais, eu tinha orgulho de carregar no peito uma certa estrela vermelha, que para mim significava o novo; a mudança. Na verdade, não era importante, naquele momento, analisar propostas, ou novos caminhos para o município. O importante para mim era romper com uma administração altamente corrupta, e que pouco fazia, levando em consideração a arrecadação da Prefeitura de Camaçari - um dos municípios mais ricos da Bahia.
Porém Quatro anos se passaram, e mesmo reconhecendo que houve melhorias, como a criação da "Cidade do Saber"- referência nacional em inclusão social - muito ainda precisava ser feito, e não foi.

Não me peçam para aplaudir essa "política de praça", porque em tempo algum farei isso. Tudo bem... precisamos de praças, de calçadas bem feitas, pavimentação [afinal do que é feita a beleza de uma cidade?] mas e onde fica a segurança? Camaçari [não é de hoje - é bem verdade] cresce de forma desordenada; o fluxo emigratório é grande, e muitas dessas pessoas ao chegarem não conseguem se estabelecer como gostariam - e aí faz aumentar as invasões, as periferias e as favelas. E pra essas pessoas? Quem olha? o que tem sido feito?

Não é novidade que os casos de roubo aumentam vertiginosamente. Hoje já ouvimos casos de assaltos em ônibus, pedintes nos sinais. Que morador de Camaçari poderia imaginar coisas assim há alguns anos atrás?

somos uma cidade de interior, ainda sem opções de lazer e cultura, com características NEGATIVAS de cidade grande! será que precisamos esperar nos tornamos uma Salvador, cheia de morros e exclusão, para começarmos a nos preocupar e assumirmos uma posição severa diante de quadros como esse?
Sou plenamente a favor do progresso - mas a pergunta que não sai da minha cabeça é: que preço precisamos pagar para isso?

Claro que quero ver a minha cidade grande mas não quero vê-la se tornar em cidades diferentes para o povo que vive aqui. Se será grande, que seja grande para todos.

Em plena campanha eleitoral, percebo que as eleições não passam de um engodo! um conchavo entre políticos, antes rivais, que hoje fazem acordos. E esse pra mim é o pior lado da política: Hoje rivais e trocando farpas, amanhã apertando as mãos;

Um bando de candidatos a vereador [só aqui em Camaçari são mais de 200!] para no fim ouvir propostas como a criação de um "putódromo" - acreditem: Uma vereadora daqui, inclusive novamente candidata, deu a "brilhante" idéia de criar um ponto único NO CENTRO DA CIDADE para todas as prostitutas da cidade.

Não vou falar o óbvio: "não acredito em políticos". Acho que posso ir um pouco mais além: não acredito no sistema Brasileiro. Na estrutura do nosso país. E tenho medo da ignorância generalizada de nossos políticos e principalmente da nossa população. Políticos despreparados e na maioria dos casos desviados do objetivo que deveria ser o primordial - o bem-estar coletivo - e popolução perdida, com razão, sem saber em quem confiar e votar.

O ratinho mais limpo do mundo!



Aproveitando o pretexto de ter Arthur [meu sobrinho] em casa, passei na locadora e peguei "ratatouille" para assistir :)
Bem...o que posso falar? primeiro: na primeira metade do filme entendi porque Arthur não queria pegar o dvd na locadora [ele tinha escolhido Tom & Jerry mas sabe cumé né? nada como o poder de persuasão :D]: o filme não me parece ter a capacidade de prender as crianças em frente a tela. Apesar de Remy ser um ratinho muito lindo, as situações engraçadas são escassas [e são cada vez mais raras com o passar do filme]. e oras...vamos concordar numa coisa: criança lá se importa com enredo/roteiro?

na verdade, me parece uma tendência nos filmes da Pixar..chamam mais a atenção dos adultos do que das crianças. Mas quer saber? o filme é bom e é uma delícia mergulhar no mundinho de Remy [achei muito engraçada a cena em que depois de ser solto, ele foge rindo - apesar de já ter feito um trato de parceria. Parece refletir a "personalidade" conhecida dos ratos] :))))



pra resumir, a nota: 8,0






[post com meeeeeses de atraso mas como já estava em rascunho quis deixar registrado]