quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Senso crítico já!


Hoje, como resultado de uma apresentação na faculdade da disciplina Hermenêutica jurídica, pude participar de uma discussão no mínimo interessante a cerca de Teoria Crítica, o que redundou em constatações sobre a postura crítica que devemos adotar perante o curso [Direito].

Claro que vou aproveitar o espaço do blog pra estender um pouco mais a problemática com o intuito de abordar o senso crítico, a postura crítica perante tudo em nossa vida.

Entendam aí esse "nossa vida" como aspectos relevantes, em que deveríamos ser ativos, questionadores e participativos, como política e religião, e também aspectos subjetivos, como comportamento humano.

Engraçado que não poucas vezes ouvi que a história foi/é construída pelos homens. Claro que não concordo com a afirmativa, já que a mulher sempre desempenhou forçosamente um papel secundário, e não pôde, com o passar da história, exercer papéis mais importantes. Contudo, trazendo a discussão para os tempos atuais, percebo, e com muita tristeza, que as mulheres, de maneira geral, permanecem demasiadamente alheias á discussões de cunho social e político; Parecem não se interessar por assuntos que anteriormente eram tidos como de homens, mas que hoje deveriam está totalmente integrados ao cotidiano feminino.

Faço essa crítica por perceber, inclusive no meio acadêmico, como muitas vezes as mulheres se calam não manifestando opinião. Defendo piamente que a maioria delas tem sim o que dizer, porém, talvez ainda por falta de hábito, ou por medo de manifestarem-se e conseqüentemente se expor, preferem silenciar.

Se antes tínhamos que permanecer caladas por conta de uma sociedade machista que nos marginalizava, hoje, tristemente, muitas permanecem no silêncio por opção, já que a sociedade continua machista, porém impossível de ser comparada ao quadro que se apresentava décadas atrás.

Por quê somos pouco problematizadoras? Seria reflexo de anos de atraso e de repressão psicológica? Talvez... porém não é continuando mudas, e sem contribuir de alguma forma que esse quadro mudará, seja no saber jurídico, político ou em qualquer outra área de conhecimento.

Defendo que certas posturas devem ser mantidas, seja por um homem ou por uma mulher. Creio que encararmos "verdades" como passíveis de modificações é uma delas. Não estou falando de sermos volúveis a ponto de qualquer discurso ser capaz de mudar nossas crenças, já que isso seria, ao meu ver, fraqueza também de caráter. Estou defendendo aqui o conhecimento, acima de tudo. Se acreditamos em algo, devemos fortalecer essa crença buscando argumentos para continuarmos entendendo que aquilo é verdadeiro. Não pode ser simplesmente: "é assim e acabou" - mas sim uma opinião baseada e sustentada por algo concreto, e não em uma cegueira ideológica.

Porém, se mesmo com argumentos entendidos por você como plausíveis a sua idéia for superada por outra, ao menos você sustentou o quanto achou válido um raciocínio entendido até então como verdadeiro. O que não podemos jamais é nos deixar levar por discursos bonitos combinados com a nossa própria fragilidade argumentativa. E isto se aplica em qualquer campo.

Creio cegamente que devemos nos posicionar criticamente no intuito de não sermos enganados e/ou levados pela maré. A busca pelo conhecimento deve ser constante. Então, a dica que deixo é para que se questionem. Questionem o mundo! Não tenho dúvida que só ganhamos com isso.








“A verdadeira besta é a ignorância" - [valendo da própria legenda que encontrei para esta imagem].

domingo, 24 de agosto de 2008

final feliz...?!


O que fazer quando uma crise se instala em sua relação? O que fazer quando tudo que foi construído parece começar ruir? Bem... Não encontraremos essas respostas nas comédias românticas que eu gosto tanto, simplesmente porque elas acabam sempre no "felizes para sempre" - mas fica a pergunta: e depois da conquista o que acontece?
Creio que cada um já teve, em algum tempo, o seu "final feliz": finalmente ficou junto da pessoa amada. Mas e depois de alcançar o "objetivo"? Bem...Aí são outros quinhentos!

Naturalmente vamos relaxando...Mostrando quem somos, os pontos fortes, os fracos e fraquezas.
Claro que há um lado muito positivo nisso tudo: relaxamos a ponto de deixarmos de querer agradar a todo tempo e de sermos "simplesmente" nós mesmos. Em contra-partida parece que aquela pessoa atenciosa, leve e divertida vai desaparecendo, e surge a ciumenta, possessiva e muitas vezes descuidada, por parecer imaginar que "esse (a) é meu!”.

Somado a esses "pequenos" detalhes, SEMPRE - "tão certo quanto a morte” - aparece um gavião [termo usado também quando a "ave" é fêmea :P] rondando a área, parecendo sacar exatamente onde há um estremecimento e prontinho pra enfiar as garras justamente nesse lugar mais suscetível, fazendo e falando coisas que muitas vezes os atuais parceiros já deixaram de falar/fazer.

É fácil resistir a certas investidas quando não só o amor está em dia: quando a relação está gostosa, quando se sente prazer em estar junto..aliás, quando as pessoas estão DE FATO JUNTAS! Porque não se enganem...Amor é fundamental, mas não é o suficiente pra sustentar um relacionamento. É necessário haver mais alegrias do que tristezas, mais bons momentos do que ruins...É preciso namorar, namorar muito e se manter presente na vida do outro.

Acredito que deve ser um processo contínuo de soma e não de subtração: juntar a aqueles bons momentos do início outros tantos momentos conquistados no decorrer do tempo, pra que o relacionamento não sobreviva apenas de flashesback...é preciso que a história seja boa no presente e não somente no passado. É fazer perceber que amamos o outro, ao invés de apenas dizer isso.

Infelizmente muitas vezes deixamos correr frouxo demais, achando que é um processo "natural", e quando resolvemos tomar um pé na situação é tarde demais. Muitas coisas vão se acumulando pelo caminho... Mal entendidos, mágoas, coisas que não foram ditas, e conversas extremamente importantes que não aconteceram...E isso tudo, mais cedo ou mais tarde, aparece cobrando posicionamentos que você não teve no devido tempo, mas que acumuladas vão tornando a situação insustentável.

Geralmente essa sensação negativa de que há algo errado [e pode ter certeza: há algo errado se essa sensação bater!] acaba ajudando a afastar ainda mais quem já não estava tão próximo, a esfriar o que já não andava quente...E é aí que você finalmente percebe: "não somos mais tão do outro assim":(
Então, se chegar a esse ponto o jeito é conversar...mas conversar MESMO! Sem medo de dizer coisas de que não gostou; de trazer á tona coisas não superadas; de falar tudo o que está sentindo [positivo ou não]; esquecer a defensiva e se expor para tentar colocar o "trem" no trilho novamente.

E quer saber? Quer saber de verdade? A pessoa por quem você se apaixonou, mesmo com adversidades, ainda está aí! Olhe com cuidado que você a verá em pequenas coisas, sem necessidade de constantes provas de amor...Por que se aquela conversa funcionar [e conseqüentemente as coisas melhorarem a partir dela], é bem provável que sinta seu amor fortalecido e se perceba ainda mais apaixonada (o) que antes [como estou me sentindo agora :))]...E dessa vez pela pessoa real, e não pela projeção inicial que fez dela.

Seja fiel a você, ao que deseja. Seja fiel ao seu amor e lute por ele. Não podemos esquecer que a responsabilidade é nossa de que dê certo... E só nossa!! Eu sei..Assusta pensar assim, mas há o lado positivo: também reconforta ;)