terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crash - No Limite


bem...hoje fazem exatos 2 meses que não posto, mas tenho um alento: tem gente pior ; )
Aproveitando a semi-folga da faculdade e a boa e velha vontade repentina, resolvi escrever sobre um filme relativamente velho [3 anos de lançado], ganhador de Oscar, e que euzinha aqui, tão metida a "assiste-tudo" ainda não tinha visto.

Verdade seja dita, apesar de já ter ouvido uma e outra pessoa falarem bem do filme, não me animei para assisti-lo, e atribuo esse desinteresse a duas razões: a presença de Matt Damon, com quem não vou com a cara, e o nome "extensão" dado em Português. Por favor distribuidoras brasileiras: vamos parar com essas mania de modificar, estender e até criar novos nomes; Entendo que o "No limite" era plenamente dispensável...aliás não só dispensável; Só serve para dar uma idéia equivocada do que o filme trata [eu achei que era mais um filminho de ação. Ledo engano!].

poxa...não vou ficar enfeitando não...vou direto ao ponto: FILME DA PORRA!! :

pra início de conversa, ele é feito com uam técnica que curto demais: diversas histórias paralelas que no fim [normalmente] se cruzam. Basicamente o filme retrata o preconceito racial, que invariavelmente também acompanha o preconceito social, mostrando como nem sempre somos como aparentamos.
Um policial que a primeira aparição causa ojeriza, em uma segunda pode causar compaixão; Aquele certinho que faz o que nunca imaginou fazer; O ladrão, que mesmo no seu contexto acha ética e dignidade; A dondoca, que na hora da necessidade, desce do pedestal para reconhecer quem está de verdade ao seu lado; O Persa que no desespero encontra a fé, e por fim aquele que percebe [ou ao menos penso perceber] que tempo, para as coisas importantes, pode ser inventado.

Não pretendo me aprofundar, mas de longe a história mais comovente é a do trabalhador Latino e de sua filhinha de 5 anos. Ele reinventa a realidade, tentando livrar a filha da violência que os rodeia. São com eles uma das cenas [se não for A cena] mais forte e emocionante do filme. Também são deles a passagem mais singela, que aliás me fez lembrar de "A vida é bela", por representar da mesma forma que o filme italiano, o esforço de um pai para proteger o filho das coisas feias desse mundo.

totalmente recomendado!


nota: 9,5


P.S: como se não bastasse o filmão, há duas músicas muito legais próximo do fim da película. A primeira num tom totalmente melancólico, muito bem usada com o próposito claro de emocionar,e a segunda já próximo do créditos finais. Infelizmente ainda não descobri o nome delas, mas assim que souber edito o post para colocá-las aqui :)