segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Overdose de "Live"

Hora de pagar uma dívida antiga. Depois que ouvi o excepcional "Throwing Copper" (1994), pararam na minha mão três albuns do Live - coincidência ou não na seqüência de Lançamento: "Secret Samadhi" (1997), The distance to here" (1999), e "V" (2001).

Na minha opinião, não foi nenhuma coincidência a demora entre o lançamento do "Throwing Copper" e do "Secret Samadhi". Quando é lançado um grande album no mercado - caso do primeiro citado, até hoje o meu queridinho - as críticas positivas acabam gerando uma apreensão muito grande com o trabalho seguinte...que sinceramente nesse caso decepciona. Não que o album seja ruim. Longe disso até. totalmente regular, com uma musicalidade agradável, o problema é que não me empolgou. Não consigo dizer nenhum musicão, que seja de fato memorável.
Ainda assim, não sendo de fato marcante, destaques para a faixa 1 - "Rattlesnake", 3 - "Graze", 4 - "Century", 5 - "Ghost" e 8 - "Turn my head" (a mais lenta do disco).


Já o "The Distance to Here" começa prometendo. A faixa de abertura "Dolphin's Cry é simplesmente sensacional. Não sei se acho isso pelo excelente clipe - ver aqui - que vi antes de ouvir o album, mas fui conquistada por ela. com as três primeiras faixas você tem a impressão que este é um trabalho mais rápido, mais agressivo, mas esta impressão cai por terra a partir da 4ª faixa.

Sem dúvida o considero superior mas não melhor que o anterior...difícil de explicar. Apesar de ter duas músicas que considero os picos do disco - faixas 1 e 4 - me parece um pouco mais do mesmo. são músicas muito parecidas com tudo já feito, tão parecidas que se alternássemos a maioria das músicas entre os dois albuns, não saberíamos ao certo qual música é de qual disco [é a sensação que tenho].

Destaques justamente para as duas faixas citadas acima - "Dolphin's cry" e "Run to the water", que possui um refrão excepcionalmente pegajoso) e para a as faixas 3 - "Sparkle", 11 - "They stood up for Love" e a última, 13 - "Dance with you".


e por último o "V". será que eu que fiquei mais exigente ou este seria sim o mais fraco? falo isso porque não consegui destacar muitas músicas - apesar de achar que este disco se parece e fica dentro do "padrão Live". Pouco a dizer: destaques para a faixa 1 - "simple creed", 6 - Forever may not be long enough", 7 - "Call me a fool" [creio que a mais comercial] e a 10 - "Nobody Knows".

obs: Devo ter cometido injustiças aqui ou ali nessas avaliações, mas relevem: é difícil quando já temos um parâmetro tão alto. Quem mandou me apresentarem de cara o melhor disco da banda? fiquei com a audição viciada :)
Pretendo ouvir o restante da discografia...quem sabe não tenho uma grata surpresa pela frente? possibilidades....

Sem dúvida banda recomendada!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

GOD OF WAR!!


Depois de longos três dias, acabei de zerar "God of War". Sem dúvida nenhuma é o melhor jogo que já tive a oportunidade de jogar! - e com certeza deve figurar na lista dos melhores jogos da maioria, senão da totalidade, dos maiores jogadores de PlayStation 2.

A história se passa ao redor do general espartano Kratos que, no começo do jogo, se encontra à beira da morte depois de uma derrota em batalha. Ele faz um pacto com Ares - o deus grego da guerra e razão do título do jogo - nos seguintes termos: Kratos daria sua alma ao deus em troca da morte de seus inimigos. As condições do acordo são cumpridas, mas acabam levando à morte da esposa e filha do herói por suas próprias mãos. Apartir daí Kratos começa a ter memórias da noite em que matou sua mulher e filha, e ele quer acabar com este tormento, realizando sua última tarefa para os deuses do Olimpo: destruir Ares, com a ajuda de sua vontade de se vingar. [Wikipedia]

o jogo, cheio de nuances, cenários e quebra-cabeças, que testam mais do que a inteligência, a habilidade do jogador - é simplesmente encantador. Além disso, um enredo muito bem escrito nos faz conhecer ao poucos a história do nosso anti-herói, de forma tão competente que não á toa devemos ver a versão cinematográfica desse jogão nas telonas. [Aguardo ansiosa e torcendo que faça jus a grande história que conquistou e conquista diversos jogadores pelo mundo afora].

E enquanto o filme não sai, vou me contentando em jogar o segundo jogo da trilogia...não vejo a hora de pôr a mão nesse que deve ser outro jogão.
Ah! contudo, faço duas ressalvas. primeira: Acho que a luta com Ares não é digna do jogo. Podia ser um final mais trabalhoso.

Segunda: vá com calma...com certeza vai ficar viciado! :)))




domingo, 18 de janeiro de 2009

Esquerda? onde?

Diversificando um pouco a leitura, porque nem só de livros vive o homem, ontem comecei a folhear a "Caros Amigos" de novembro/2008 que há tempos está na minha mão, porém ainda não tinha me ocupado dela.

Mas nem precisei avançar muito. Logo depois do sumário, na sessão "caros leitores", onde estes normalmente comentam a edição anterior, a última nota me chamou muito a atenção. intitulada "40% de desconto", trazia o texto indignado de um assinante, que ás vesperas de renovar a assinatura da revista, se deparou com um desconto de 40% para os filiados do PT - Partido dos trabalhadores.
A crítica do leitor, que considero pertinente, ponderava sobre como uma revista pode ser independente se depende finaceiramente de uma legenda política. A resposta da edição falava sobre a revista sobreviver principalmente das assinaturas, e dava o desconto aos filiados ao PT, assim como também trabalhava da mesma forma com outros partidos de esquerda e segmentos democráticos.

Contudo, fiquei pensando: que esquerda? Nem vou entrar no mérito de acreditar que uma revista como a Caros Amigos [deveras conceituada e respeitada] deveria ser totalmente disvinculada de qualquer espécie de partido político. É muito perigoso esse tipo de associação justamente por ameaçar a liberdade de quem escreve...até porque falar mal de quem põe a comida na mesa normalmente é complicado. Mas bem... voltando: onde está essa esquerda que todo mundo fala? [inclusive o editorial da caros Amigos]

Há um tempo atrás - quando era bem mais nova e estudava história na escola - imaginava que esquerda era o que não estava no poder. Simples assim. Tá governando? é direita. Mudei de idéia quando Lula foi eleito pela primeira vez. todo mundo falava: "e agora com a esquerda no poder..." e a partir disso comecei a pensar que uma vez esquerda, sempre esquerda. Esquerda seria então um modo diferente e melhor de enxergar o mundo - e fazer acontecer.

Mas foi justamente Lula que voltou a me fazer mudar de idéia. Se Lula continuou uma cartilha - melhorada é bem verdade - de muita coisa anterior a ele, ele continua sendo de esquerda ou não? - eis uma dúvida sincera. Lula não sei, mas Heloísa Helena e sua trupe, a "ala radical do PT" [ denominação estranha porque nos bons tempos todo o PT costumava ser radical] , hoje discidente, é que são considerados a esquerda no país. Ser esquerdista é sinônimo então de revolucionário? - mas cadê essa revolução que nunca veio?

O que quero dizer, nessas mal traçadas linhas, é que não acredito mais em "esquerda" no Brasil - pelo menos com o significado que eu acreditava ter quando criança. vejo apenas a repetição de velhos erros. Deveríamos aliás abolir essas denominações para sempre. Na minha opinião não há esquerda ou direita. Há quem está no poder e quem busca desesperadamente por ele.




sábado, 17 de janeiro de 2009

Livro: O príncipe e o mendigo


Antes do livro propriamente dito, vou abrir um colchete para falar sobre a coleção L&PM POCKET. Virei fã da série, justamente por perceber a diversidade de títulos e autores, para todos os gostos, por preços bastante acessíveis. Além disso, a qualidade na impressão, e até mesmo como os capítulos são dispostos - o que a coleção " A obra-prima de cada autor" da Martin Claret fica muito a desejar, apesar de ter preços até mais interessantes [variando quase sempre na casa de R$10] - simplesmente me conquistou.

outro ponto bastante positivo, além do preço, é os mais diversos pontos de venda. Você encontra os livros em bancas de revistas e até em supermercados [diga-se de passagem, onde comprei este].

Sem dúvida é uma iniciativa maravilhosa trazer a leitura de forma mais barata e descomplicada. ou seja: hoje só não ler quem não quer. Indico ambas as coleções, tanto a da Martin claret quanto da L&PM, pela variedade de títulos, e em especial a última pela estética e acabamento. Valem a pena, sem dúvida, pra quem gosta de ler e quer gastar pouco.

Mas falando do Livro, aí vai a síntese:

Tom Canty e Edward Tudor têm a mesma idade. São exatamente iguais. Há apenas uma pequena diferença: Edward é o príncipe herdeiro do trono da Inglaterra, e Tom é um mendigo, uma criança dos úmidos cortiços da Londres do século XVI. Um dia o destino intervém e ambos têm de viver, durante algum tempo, a vida do outro. Trocam de roupas e papéis. Tom é levado para o meio da pompa e do luxo da corte enquanto Edward conhece, horrorizado, os marginais, a sordidez e as profundezas da desigualdade social.
A partir do clássico tema da troca de identidades, Mark Twain (1835-1910) – talvez o maior contador de histórias americano do século XIX – reflete de forma magistral sobre o hábito humano de julgar as pessoas pela aparência. E realiza, a um só tempo, uma fábula sobre a hipocrisia e a injustiça bem como uma divertida comédia que vem provocando lágrimas e risos em sucessivas gerações de leitores desde sua publicação, em 1882.


a verdade é que não tenho muito a acrescentar. O Livro é ótimo! a demonstração da super valorização da aparência, a forma como o poder hipnotiza e a falta dele desalenta; como ás vezes precisamos nos aproximar da realidade dos outros para passar a compreender e nos apiedar do próximo faz com que passemos a olhar com simpatia os protagonistas dessa história e ler ansiosamente para conhecer o derenrolar das aventuras de Tom e Edward.


recomendadíssimo!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Livro: Um estranho no espelho

Ganhei de presente de natal o livro "Um estranho no espelho" de Shidney Sheldon. Minha irmã se lembrou das minhas leituras do autor no início da minha adolescência, e achou que era uma boa pedida, mas vamos por partes:


Confesso que já gostei muito do estilo de Sidney sheldon. Com suas heroínas, contando histórias meio cinematográficas, já "devorei" um livro - O reverso da medalha - em apenas um dia. Continuo achando-o bom, assim como "Se houver amanhã", mas este de agora é meia-boca. Tão meia-boca que nem lembrava que já o tinha lido. Só descobri isso no segundo ou terceiro capítulo - mas aí já era tarde: não lembrava do desenrolar da história e muito menos do desfecho e então resolvi ler até o final.

Um estranho no espelho conta a história de dois personagens, paralelamente: Toby Temple e Jill Castle, os caminhos tortuosos que ambos percorrem para conseguir o que desejam.

Hollywood, a grande fábrica de ilusões. É na capital mundial do cinema que o jovem comediante Toby Temple fez de tudo para conseguir colocar seu nome no lugar mais alto dos letreiros luminosos. Um aposição que não se alcança apenas com talento, mas à custa de muito trabalho sujo, sexo por interesse e intrigas nos bastidores. Bem-sucedido, mas solitário, ele se apaixona por Jill Castle, uma candidata a estrela que se submetia aos desejos mais pervertidos dos produtores em troca de pequenos papéis. Um segredo que Toby ignora, e que ameaça a sua sonhada felicidade. [saraiva]

Livro fácil de ler, bem amarrado, porém dispensável. Passatempo para quem não tiver um livro melhor para pôr as mãos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Finalmente lido (parte 2) - Assassinatos na academia Brasileira de letras


pois é! resolvi usar essas merecidas férias para expiar meus pecados: pôr as leituras atrasadas em dia!
"Assassinatos na academia brasileira de letras" - de Jô Soares, já aniversariou na minha mão. Mas vamos ao que interessa: minhas impressões [tô me achando].




Não vou enganar ninguém: Achei o livro extremamente fraco. A sorte de Jô comigo é que, como todo livro policial, li até o final, mas não porque me senti presa a história; Achei um livro deveras pedante, onde me parecia que o autor não estava interessado em contar uma história, mas sim em derramar - e sim, derramar numa sequência e constância insuportável - seus conhecimentos de homem "culto, viajado, estudado e blá blá blá" com comentários nem um pouco relevantes para história, expressões francesas sem necessidade - para logo depois serem traduzidas - e diálogos mal elaborados.

Pra piorar, as três cenas de sexo que acontecem protagonizadas pelo personagem principal, o policial Machado Machado, primeiro com a Fracesa Margot, depois com a embaixatriz e por último com o seu verdadeiro par romântico, Galatea, são absolutamnete fora de contexto, e na última, com um próposito claro: introduzir a personagem na trama de forma, a meu ver, equivocada.

Meu veredito: totalmente dispensável!

finalmente lido - Operação Cavalo de Tróia


Por volta de 7 meses um certo livro rodava na minha prateleira. Indicado e emprestado por meu dentista [e reforçado posteriormente por uma pessoa que respeito muito ;)] comecei a ler "OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA" de J.J Benítez, meio entediada, devo confessar. Não sou lá muito fã de religião, e tudo que está vinculado a religião ou figuras/passagens bíblicas mas aqui pra nós: o livro é muito bom!!

Basicamente trata de uma experiência de volta ao passado, por dois cientistas [o principal personagem chama-se Jasão] no tempo de cristo, onde testemunha e participa dos últimos dias jesus Cristo na Terra, desde sua entrada em Jerusalém até sua prisão, julgamento, crucificação e ressurreição.

Há passagens muito marcantes, como os diálogos de Jãsão com Jesus, onde fica claro a mensagem de amor e paz que o Nazareno quis deixar.

Sempre achei que Cristo foi um homem iluminado...e só! como grandes líderes que passaram pela história, como Gandhi, que pregavam o amor ao invés da guerra.
para os desavisados: o trecho relativamente inicial, onde se explica os preparativos e tecnologias para a viagem é deveras chato! mas vale a pena ler até passar essa parte para adentrar numa história de 2008 anos atrás.

Não estou aqui dizendo que o livro é verdadeiro. Pra mim é uma história de ficção, porém não tem como não dizer: muito bem escrita!
O texto é cheio de detalhes, minúncias, e notas de roda-pé, que devo confessar que não li todas [algumas tomavam páginas inteiras!].
recomendadíssimo!!