Assisti ontem o filme “P.S. Eu Te Amo”. Na verdade não posso dizer que é um grande filme, mas me fez pensar sobre o tempo, e é sobre ele que falarei a seguir.
È interessante como costumamos viver nossa vida deixando muitas coisas para depois. Planos são feitos, e também abandonados pelo caminho. Muitos “eu te amo” são silenciados, apesar de ter a certeza de como algumas pessoas são importantes para nós.
Certamente não sou a pessoa mais apropriada para falar sobre deixar para depois. Não lembro quando disse que amava os meus pais [se é que já disse]; perdi a conta das vezes em que pensei “depois eu faço”, “depois eu vejo” ou até mesmo “depois escrevo” [vide a data do último post]. Mas isso não é algo só meu. As vidas são cheias de depois: uma ligação, uma conversa importante, aquela saída com amigos que há tempos você não ver...encontros adiados com um “depois a gente marca”.
Por falar em depois, parece que ainda estou esperando para começar a viver. Apesar de fazer coisas que eu adoro, tem sido doloroso pensar nas que eu não faço [e não por falta de vontade, mas sim por ser impedida]. E não. Não tenho uma vida ruim. Tenho bons amigos, uma família que aprendi a amar apesar de tudo, e o grande amor da minha vida ao meu lado; Não tenho grandes problemas com grana, e estudo o que gosto e onde eu quero, mas sabe quando você precisa de algo mais? E esse “algo mais” pra mim é mais LIBERDADE.
Quando falo em ser livre não estou pensando em fazer tudo que quero. Quero poder fazer mais escolhas e decidir os melhores caminhos PRA MIM. Sei que deverei satisfações para alguém em todas as fases da minha vida, mas quero poder ir e vir sem estar tão presa e escrava de horários; Quero poder um dia me enfiar num carro e meter o pé na estrada; quero ver a maior quantidade possível de entardeceres; quero à noite, numa praia, ver o céu entupido de estrelas....quero muitas coisas e ao mesmo tempo quero pouco. Quero ser eu [pelo menos por boa parte do tempo] e não apenas o que esperam de mim.
Ás vezes o que consola e me dá esperança é saber que em alguns anos poderei dizer finalmente que sou dona da minha vida. Penso nas coisas que farei e que acredito serem possíveis brevemente, mas... e se não for? Não tenho a vida nas minhas mãos. Quanto tempo ainda preciso esperar e desperdiçar?
A verdade é que tenho muito medo. Medo de lá na frente ver que deixei muita coisa pra trás; muitas coisas por fazer. Medo de perceber que passei boa parte da minha vida esperando...e sim.Tenho muita sede de vida. Mas não basta; O que quero é poder sacia-la!
Seria triste ver que não passei de um projeto e “sonhos” não realizados. Triste ver que fiquei apenas na teoria [por que essa intensidade, se não colocada em prática, de muito pouco vale].
Por enquanto vou continuar esperando, mas como uma pessoa muito especial me disse, não importa se você tem 100...36 ou 20 anos: TEMPO PERDIDO NÃO É RECUPERADO. Mas sei que se não recuperamos, ao menos temos a chance, todos os dias, de aproveitar ao máximo o tempo que nos resta.
Então, se eu pudesse dá um conselho seria: Seja gentil e generoso com as pessoas; procure dizer mais sim do que não; escute de verdade e não apenas empreste seus ouvidos; aproveite as boas companhias e cada momento que elas te proporcionam; dê valor ao que você tem AGORA, e não apenas depois que perder; seja positivo e não pense que “não há nada tão ruim que não possa piorar”, porque sem dúvida é melhor acreditar que “não há mal que sempre dure” [;)] e finalmente o mais importante...
È interessante como costumamos viver nossa vida deixando muitas coisas para depois. Planos são feitos, e também abandonados pelo caminho. Muitos “eu te amo” são silenciados, apesar de ter a certeza de como algumas pessoas são importantes para nós.
Certamente não sou a pessoa mais apropriada para falar sobre deixar para depois. Não lembro quando disse que amava os meus pais [se é que já disse]; perdi a conta das vezes em que pensei “depois eu faço”, “depois eu vejo” ou até mesmo “depois escrevo” [vide a data do último post]. Mas isso não é algo só meu. As vidas são cheias de depois: uma ligação, uma conversa importante, aquela saída com amigos que há tempos você não ver...encontros adiados com um “depois a gente marca”.
Por falar em depois, parece que ainda estou esperando para começar a viver. Apesar de fazer coisas que eu adoro, tem sido doloroso pensar nas que eu não faço [e não por falta de vontade, mas sim por ser impedida]. E não. Não tenho uma vida ruim. Tenho bons amigos, uma família que aprendi a amar apesar de tudo, e o grande amor da minha vida ao meu lado; Não tenho grandes problemas com grana, e estudo o que gosto e onde eu quero, mas sabe quando você precisa de algo mais? E esse “algo mais” pra mim é mais LIBERDADE.
Quando falo em ser livre não estou pensando em fazer tudo que quero. Quero poder fazer mais escolhas e decidir os melhores caminhos PRA MIM. Sei que deverei satisfações para alguém em todas as fases da minha vida, mas quero poder ir e vir sem estar tão presa e escrava de horários; Quero poder um dia me enfiar num carro e meter o pé na estrada; quero ver a maior quantidade possível de entardeceres; quero à noite, numa praia, ver o céu entupido de estrelas....quero muitas coisas e ao mesmo tempo quero pouco. Quero ser eu [pelo menos por boa parte do tempo] e não apenas o que esperam de mim.
Ás vezes o que consola e me dá esperança é saber que em alguns anos poderei dizer finalmente que sou dona da minha vida. Penso nas coisas que farei e que acredito serem possíveis brevemente, mas... e se não for? Não tenho a vida nas minhas mãos. Quanto tempo ainda preciso esperar e desperdiçar?
A verdade é que tenho muito medo. Medo de lá na frente ver que deixei muita coisa pra trás; muitas coisas por fazer. Medo de perceber que passei boa parte da minha vida esperando...e sim.Tenho muita sede de vida. Mas não basta; O que quero é poder sacia-la!
Seria triste ver que não passei de um projeto e “sonhos” não realizados. Triste ver que fiquei apenas na teoria [por que essa intensidade, se não colocada em prática, de muito pouco vale].
Por enquanto vou continuar esperando, mas como uma pessoa muito especial me disse, não importa se você tem 100...36 ou 20 anos: TEMPO PERDIDO NÃO É RECUPERADO. Mas sei que se não recuperamos, ao menos temos a chance, todos os dias, de aproveitar ao máximo o tempo que nos resta.
Então, se eu pudesse dá um conselho seria: Seja gentil e generoso com as pessoas; procure dizer mais sim do que não; escute de verdade e não apenas empreste seus ouvidos; aproveite as boas companhias e cada momento que elas te proporcionam; dê valor ao que você tem AGORA, e não apenas depois que perder; seja positivo e não pense que “não há nada tão ruim que não possa piorar”, porque sem dúvida é melhor acreditar que “não há mal que sempre dure” [;)] e finalmente o mais importante...
Tente não reproduzir o pior depois: “depois eu vivo”.
Um ótimo ano para todos nós.
3 comentários:
[Antes de qualquer coisa: desculpa pela demora. Li no mesmo dia que postou e já comecei a responder, mas não ficou pronto e daí foi só enrolação! Mas vamos ao que interessa, que é o comentário sobre a tua postagem]
É... começo de ano em grande estilo! É o que eu chamo de "soco no estômago". São destas coisas que nos fazem refletir a respeito do tipo de vida que levamos e do que queremos, do que realmente importa! Parabéns pelo "murraço" certeiro!
Bem, coincidentemente também assisti ao citado filme! ;)
Pode não ser um primor, mas gostei principalmente pelo que se pode abstrair dele [e acho que não cabe nenhum adendo da minha parte a tudo quanto postado por você, acerca do filme].
Farei comentários sobre a tua postagem e mais especificamente das tuas sensações e impressões nela postadas.
Poxa, imagino que seja duro quando, lá na frente, pensamos em muitas coisas com o arrependimento de não termos feito. Sem dúvida muitas coisas são abandonadas no meio do caminho; entendo que algumas são necessárias para um "rearranjo", haja vista a vida não ser precisa e nem sempre tudo correr como queríamos; mas entendo que não devemos ficar à mercê do que alguns denominam como destino ["o que tiver de ser será" e congêneres, que eu não curto muito].
Por mais óbvio que possa parecer, sei que fazemos planos e precisamos deles para nortear muitos dos nossos passos, mas a vida acontece, DE FATO, AGORA!
De qualquer sorte, Bel, acho que se você tem consciência dos erros é muito mais fácil tratá-los! Se você têm deixado algumas coisas para depois, e isto te incomoda, não perde tempo, TENTA não prosseguir neste erro! Diga para teus pais e outras pessoas que os ama [não é fácil, quando não temos o hábito, mas é necessário dar o primeiro passo]; tenta não deixar a tua vida para depois, mesmo que seja nas "mínimas coisas": saia mais com teus amigos, etc.
Eu já te falei que sempre adorei a forma como encaras a vida, mas já havia percebido que existiam alguns limitadores. Hoje já compreendo melhor algumas destas coisas que te impedem de "começar a viver" [o que acho uma pena], mas o que importa é que você traz esta chama aí contigo.
Agora entende que algumas das coisas que te limitam, talvez já sejam assimiladas por você e qualquer mudança tem que passar primeiro pelo teu crivo [ou vai ficar esperando que alguém faça isto por você?].
A liberdade é algo que reputo como o nosso principal bem [excluindo aí as óbvias vida e saúde, mas que também não valem muito sem a liberdade]. E agora quem vai falar aqui é alguém que você sabe que gosta de subverter algumas ordens [lembra da faixa de pedestre??]: a tua vida é TUA VIDA; aprende que você é a maior responsável por ser ou não feliz! Tem uma frase de Nietzsche que adoro e que reflete bem este ideal: "Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu". Claro que contamos com algumas pessoas que tornam determinadas tarefas menos árduas, que nos dão a força necessária para prosseguir, mas tudo começa contigo!!
Penso que você é muito consciente disto, mas sei também que você tem obstáculos que reputo como grandes demais, mas não o suficiente para te dobrarem [assim espero].
Poxa... como não entendem ser cruel demais exigir de nós que sejamos a representação dos seus projetos? Por que não aplicam apenas às suas vidas o que acreditam e deixem que apliquemos na nossa aquilo em que cremos?
Felizmente você não deixa de viver aquilo que pode. Não tem entregado os pontos facilmente, o que considero muito positivo para que comecem a enxergar que, gostando ou não, você QUER tomar as tuas decisões. Que podem ser teus pais, irmãs, mas não são teus donos, a ponto de determinar todos os teus caminhos!
Penso que deve abandonar a idéia de que está desperdiçando a tua vida! Você tem feito tudo [e até mais do que te permitiriam] que é possível, dadas as circunstâncias. Tem buscado um meio-termo entre o te agradar e não desagradá-los [o que nem sempre vai ser possível, é bom que saiba :((].
E sei de uma coisa: você não será só um projeto! Tenho certeza disto; pode até ser que muitas coisas ainda não possam ser vividas por você como gostaria, mas sei que isto fatalmente acontecerá assim que você puder! Não desista dos teus sonhos, ainda que tenha que guardá-los por um tempinho! Você verá muitos entardeceres, verá muitas vezes o sol nascer [ô, sonho! :P] e tantas das coisas "pequenas", mas que você tanto valoriza! Teu tempo, O TEU TEMPO DE QUASE PLENITUDE chegará! [Sabendo que nunca poderemos ficar isentos de nos restringir um pouco por conta do convívio/relacionamento com outras pessoas]; mas todas as coisas que você tem vontade de fazer e que não fazem mal a ninguém, serão feitas!
Demorei um pouco para conquistar a liberdade [insisto que nunca completa, mas sei que nem quero ser completamente livre]. Posso fazer bem mais coisas que outrora e foi um processo gradativo, como será contigo também. É só ir com calma e ganhando "terreno" a cada vez!
Valeu pelo excelente post, por toda a lição e conselhos ali contidos! Sem exageros, este post parece com aqueles textos que, de alguma forma, me obrigaram a pensar no que eu queria pra mim!
beijos
caraca viu?! que comentário! - que facilmente poderia se transformar num novo post [fiquei emocionada...de verdade!].
Tudo na vida da gente é um processo, muitas vezes doloroso, e a conquista de uma maior liberdade [a plena de fato também não me interessa] é mais um deles.
como diria o grande Raulzito: "é chato chegar à um objetivo num instante.." e estou disposta, apesar de ás vezes ficar desesperançosa, de lutar para atingir meus objetivos, e aproveitar todo o aprendizado na estrada que tenho até lá.
a verdade é que tenho um trunfo: ótimas companhias..pessoas que me fazem pensar também no que eu quero pra mim; que são bons mestres, e me passam grandes lições mesmo sem perceber.
Apesar de tudo tenho muita sorte.sorte que essas pessoas pessoas tenham cruzado o meu caminho ;)
Obrigado por todo carinho e cuidado que tem nos teus comentários.
beijo. :)
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